quarta-feira, 6 de junho de 2012

Arqueologia


A Arqueologia é uma ciência social, seu nome vem do grego “Arqe” = antigo e “Logo” = estudo, ou seja, estudo do antigo. Esta ciência estuda o modo de vida das civilizações antigas, sua história, tecnologia, usos e costumes, etc. Tudo isto baseado em materiais, construções ou até mesmo detritos deixados por civilizações antigas e até mesmo contemporâneas Existem especialistas até mesmo no estudo do conteúdo das fezes encontradas em civilizações antigas. Esta ciência pode servir de grande ajuda para a História, para a Antropologia e até mesmo para outras áreas da ciência.


É uma ciência recente, iniciada no Século XIX, inicialmente com pessoas pagas por colecionadores, que, com a valorização atribuída aos objetos encontrados principalmente no Egito, comerciavam os mesmos, sem a mentalidade da preservação. Mark Twain fez alguns relatos de que na antiguidade os monumentos eram depredados, as múmias do Egito serviam até como combustível para caldeiras de locomotivas (Veja mais em:   http://www.fascinioegito.sh06.com/mumiacuriosa%203.htm). Posteriormente os governos passaram a entender o valor da preservação do patrimônio nacional. No Brasil, como sempre atrasado, começamos a valorizar a arqueologia na década de 60.


Muitas pessoas veem o trabalho do Arqueólogo, como algo romântico, principalmente os que assistiram aos filmes do Indiana Jones, no entanto, as coisas são um pouco mais complicadas do que pensa um candidato a aventureiro, ou um sonhador. Primeiro temos a identificação de um sítio, que pode existir em qualquer lugar, dentro das cidades, em florestas, desertos, no solo e subsolo marítimo, solo e subsolo de lagos, rios e até mesmo nos porões e quintais de nossas casas. Esta identificação pode ocorrer de forma acidental ou proposital.


Como exemplo de sítios arqueológicos descobertos de forma acidental, temos escavações de locais para construção de novos imóveis ou qualquer outra obra. Durante a preparação do terreno, são descobertas construções ou utensílios. Se o descobridor for uma pessoa que possua algum conhecimento, ou até mesmo um treinamento especial, pode dar o alarme e chamar os responsáveis para que então se tomem as providências. A primeira delas é parar a escavação e chamar os arqueólogos, para que não sejam danificados os artefatos porventura encontrados.  Isto, entretanto não ocorre de forma tão frequente quanto apresentado. Existem interesses comerciais, portanto, alguns responsáveis por escavações escondem o ocorrido por receio a ameaças ao seu empreendimento. Vencidos estes obstáculos, ainda temos as exigências ambientais, e as burocracias governamentais, principalmente se a equipe de arqueólogos não é oriunda do mesmo país da escavação. Isto ocorreu de forma bastante extensa no Egito. Existem também, os problemas de ordem religiosa. Como exemplo, temos Israel, que é um país com uma extraordinária riqueza arqueológica, onde existem casos de escavações interrompidas em virtude de terem sido descobertos corpos humanos, o que viola a proibição da exumação de corpos pela religião judaica.


Hoje em dia, algumas empresas com responsabilidade social, treinam seus funcionários para, no caso de encontrar algo, mostrar aos seus superiores e algumas estão até contratando arqueólogos, mas isto é raro.  Um caso famoso é o de Frankfurt, cidade arrasada pelos bombardeios aliados na segunda guerra mundial. Durante as obras de reconstrução, foram descobertos vestígios de uma cidade anterior, e hoje estes vestígios estão à exposição no subsolo do museu de história na praça Römer.


Existem casos em que o arqueólogo, baseado em dados escritos em documentos, se dirige até o local para então fazer prospecções. Hoje em dia é muito facilitado, devido á existência de equipamento sofisticado para, antes de começar a escavar, verificar se existe algo no local, poupando tempo e dinheiro. Embora a arqueologia se baseie em provas materiais sobre um acontecido, nem sempre estas provas são suficientes para se determinar a veracidade dos acontecimentos, pois o material existente não nos transmite dados para atestar que tal situação ocorreu naquele local. Um exemplo interessante é o das escavações realizadas por Heinrich Schliemann (http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HeinrSch.html Acesso em 08 04 201), onde supostamente existiu cidade de Tróia, que é fonte de polêmica até hoje. O escavador encontrou 3 cidades que floresceram em tempos diferentes.


Existem ainda evidências que estão expostas, sem necessidade de escavação, como por exemplo os desenhos rupestres, encontrados em diversas cavernas pelo mundo, inclusive no Brasil, ruínas de castelos ou outras construções, em alguns casos apenas cobertos pela vegetação. Como exemplo, podemos citar a descoberta de Machu Pichu, feita pelo Estadunidense Hiran Bingham e 1911.


A primeira parte do trabalho do arqueólogo, na descoberta de um terreno, é a varredura, que delimita o sítio, através de sondagens que podem ser feita fisicamente, por sondas mecânicas e até por sondar sonar/radar.


A segunda parte é a construção do sítio, onde na maioria das vezes são encontrados apenas fragmentos de vasos e ossos, que terão que ser montados posteriormente. O trabalho de escavação é delicado, utilizando como instrumentos, pincéis colheres de pedreiro, e até mesmo talheres de cozinha (garfos, facas, etc), pois há necessidade de desenterrar o artefato sem provocar danos, portanto, todo cuidado é pouco. Em alguns sítios há um cuidado em peneirar toda a terra encontrada, pois os artefatos estão em tão mal estado, que terão que ser montados, feito quebra-cabeças de 2000 peças. O cuidado com o sítio também é muito importante, necessitando conhecimentos de engenharia, geologia e até eletrônica, para manusear os instrumentos mais modernos de prospecção em sítios, muitas vezes afastados dias da civilização. Hoje em dia o cuidado com a segurança (desabamentos, etc.), cuidado com o ambiente e a natureza, também são muito importantes.


Existem ciências que estão fortemente ligadas à arqueologia, podemos citar: História, Antropologia, Engenharia, Paleografia, Linguística, Sociologia e até mesmo Criminologia, além de outras. Hoje no Brasil, há um aumento de investimentos na arqueologia em nosso solo, portanto há um grande número de oportunidades de trabalho para que quiser iniciar na matéria.


Um principiante pode iniciar na Arqueologia? Sim, pode. Contanto que tenha alguns cuidados, como por exemplo não realizar escavações sem ter conhecimento de regras de segurança e do terreno, verifique antes, o impacto ambiental de sua escavação. Existe a venda no mercado, detectores de metais onde o principiante pode adquirir e já ir iniciando. É uma atividade salutar, que, na maioria das vezes proporciona contato com a natureza e com as pessoas. Aconselho iniciar buscas em locais longe da civilização, onde há ausência de interferência humana atual. Lembre-se, ao localizar um objeto, por mais óbvio que pareça, submeta-o sempre a algum historiador, antropólogo ou arqueólogo conhecido. Seja bem detalhista, tenha atenção aos detalhes, investigue bastante, tenha um conhecimento ainda que rudimentar de obras de arte. Cuidado, não vá escavar o terreno do vizinho sem sua autorização! No Brasil já existem sítios arqueológicos importantes como: Ceará, Goiás (Brasília está começando a ser interessante), Minas Gerais, e Piauí.  Quem sabe você não fará uma descoberta importante?


Existem bons cursos no Brasil, tanto de graduação como pós-graduação e como todas as disciplinas, existem também diversas especialidades.


(veja alguns em : http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/05/05/cursos-de-arqueologia-no-brasil/.) Os empregadores podem ser empresas de engenharia, museus, universidades e demais entidades ligadas á memória e conservação do patrimônio. Existem até empresas dedicadas exclusivamente à arqueologia.


Embora cada país tenha uma legislação diferente para o exercício da profissão, no Brasil, segundo a Sociedade de Arqueologia Brasileira, em seu documento : “Proposta de Níveis de Qualificação Profissional para o Exercício da Arqueologia” encontrado em (http://www.prsp.mpf.gov.br/sala-de-imprensa/pdfs-das-noticias/CRITERIOS%20MINIMOS%20-%20FINAL.pdf), podemos categorizar os profissionais de arqueologia como: 



I.                  Auxiliar de Pesquisa: Ao auxiliar de pesquisa é vetado qualquer tipo de coordenação, assinatura de projetos ou de laudos, podendo trabalhar somente sob a supervisão direta de um arqueólogo  júnior,  sênior ou pleno. Nesta categoria, o tempo de experiência não consistirá em uma variável relevante. A única forma do  auxiliar de pesquisa  ascender na hierarquia será cursando uma graduação ou pós-graduação específica em arqueologia.


II.                 Arqueólogo Júnior: Aos arqueólogos enquadrados na categoria júnior é permitida a coordenação de trabalhos de campo e de laboratório sob a supervisão de um arqueólogo sênior ou pleno. É vetada a assinatura de projetos ou laudos. Nesta categoria, o tempo de experiência não consistirá em uma variável relevante. A única forma do arqueólogo júnior ascender na hierarquia será, no caso daqueles com graduação em áreas afins, cursando um mestrado específico em arqueologia ou com área de concentração em arqueologia. Aqueles com bacharelado em arqueologia poderão ter a opção de cursar  mestrado em áreas afins com dissertação versando sobre arqueologia.


III.                Arqueólogo Pleno: Aos arqueólogos enquadrados na categoria pleno é permitida a coordenação de trabalhos de campo e de laboratório bem como a assinatura de projetos ou laudos.  Nesta categoria, o tempo de experiência consistirá em uma variável relevante.


IV.               Arqueólogo Sênior: Aos arqueólogos enquadrados na categoria sênior é permitida a coordenação de trabalhos de campo e de laboratório bem como a assinatura de projetos ou laudos.”


Por experiência própria, posso afirmar que arqueologia é uma profissão interessante, cheia de desafios e que mudou a minha vida.
Boas escavações.


Bibliografia:


- FILIPPO, Raphael De, Arqueologia Passo a passo, 2011; São Paulo, Cia das Letras. 72 p.
- FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Arqueologia; 2003; São Paulo, Contexto, 126 p.
- PROPOSTA DE NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ARQUEOLOGIA, Sociedade de Arqueologia Brasileira, in  http://www.prsp.mpf.gov.br/sala-de-imprensa/pdfs-das-noticias/CRITERIOS%20MINIMOS%20-%20FINAL.pdf, Acesso em 10-04-2012

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Morre Zecharia Sitchin


No dia 9 de Outubro de 2010, faleceu um dos maiores expoentes mundiais sobre a teoria da Conspiração.

Autor de diversos livros, nascido em 1922 no Azerbaijão, se tornou famoso por também defender a teoria dos “Deuses Astronautas” que ficou famosa pelo não menos famoso autor Erich Von Daniken. Zecharia possui milhares de seguidores mundo a fora. Defendeu a teoria de que a Humanidade se originou da Antiga Cultura dos Sumérios, que se chamariam “Anunaki ou Nefilim”, e que foram originados de um Planeta chamado “Nibiru”, pertencente ao nosso Sistema Solar e que sua órbita se encontra com a órbita da terra de tempos em tempos. O próximo encontro, seria em dezembro de 2010. Estudou a Mitologia Suméria e encontrou diversas “evidências” que criaram polêmica entre os acadêmicos.

Maiores informações e detalhamento de sua teoria está em seu site: http://www.sitchin.com/

Zecharia Sitchin também chamou nossa atenção para táticas de manipulação de massa, inclusive, citando Chomsky, que transcrevo abaixo, vejam nossos politicos falando no horario gratuito e vejam as semelhanças:

Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação da MídiaO lingüista esquerdista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
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terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Sufismo

Espero que na época da divulgação deste texto, já tenhamos passado da “febre eleitoral” que andou assolando o país. Seja qual for o político ou partido eleito, nosso país continuará o mesmo, pois o que muda um país não são os políticos que o governam, mas sim o povo, com atitudes, respeito ao próximo e o conceito de que não somos uma unidade, somos parte de um todo e só um todo muda as coisas.

Vamos então ao nosso assunto:

Muito pouca gente já ouviu falar nos Dervixes, um grupo de pessoas que dançam em um giro quase perpétuo dentro de uma espécie de estado de transe em que se comunicam com o que diversas pessoas chamam de “Astral Superior”, “Comunicação com o Divino” ou outras denominações, dependendo da base religiosa de quem vê ou conhece o fato. Segundo seus membros, durante este estado, os praticantes entram em contato com a sabedoria universal, Chamada de de Inconsciente Coletivo, segundo seguidores de Jung, ou até mesmo os arquivos Acásicos, onde estão guardados os grandes segredos da sabedoria universal. Os membros são também conhecidos como Amigos da Verdade, os Construtores ou Mestres (como os maçons), Povo do Caminho (como os Essênios pré-Cristãos) e muitas outras denominações.

Quem não leu Khalil Gibran, principalmente sua obra mais famosa “O Profeta”?
Se alguém não leu, eu recomendo fortemente, pois é um livro maravilhoso, e que também contém toda a base da filosofia Sufi. O livro fala de um mestre Sufi, visitando uma cidade e que responde perguntas dos moradores.

Uma das passagens fala:

“.....Depois, uma mulher que trazia uma criança ao colo disse, Fala-nos das Crianças.
E ele respondeu:
Os vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da Vida que anseia por si mesma.
Eles vêm através de vós mas não de vós.
E embora estejam convosco não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor mas não os vossos pensamentos, pois eles têm os seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar os seus corpos mas não as suas almas.
Pois as suas almas vivem na casa do amanhã, que vós não podereis visitar, nem em sonhos.
Podereis tentar ser como eles, mas não tenteis torná-los como vós.
Pois a vida não anda para trás nem se detém no ontem....”

Ás vezes fico pensando: Como pode um texto antigo ser tão atual ? Ainda é muito arraigada aqui no ocidente a idéia de que os filhos são propriedade dos pais, e este texto explica de uma forma poética a realidade dos fatos.

Quem já os viu dançar, fica perplexo, com o tempo em que estas pessoas ficam girando em torno de si mesmas por horas, sem sentirem absolutamente nada.



O primeiro engano das pessoas que tem contato pela primeira vez com o Sufismo, é o de achar que é uma seita mística Muçulmana. Alguns autores também definem a origem com sendo Islâmica, no entanto alguns outros autores, com os quais humildemente concordo, preconizam a existência muito anterior a Maomé. Muitas religiões têm em suas práticas e doutrinas algo do Sufismo. Segundo alguns estudiosos mais “crédulos”, o Sufismo possui mais de 70 mil anos, com existência anterior ao Dilúvio Sumério (A epopéia de Gilgamesh), mas isto é uma teoria que ainda precisa ser aceita pelos meios científicos/acadêmicos. O Sufismo tem penetração até nos contos das Mil e Uma Noites e alguns esotéricos afirmam que Hermes Trismegisto e Zoroastro seriam os seus primeiros mestres.

Segundo Ligia Cabus :,” A Irmandade já existia em Medina quando Muhammad, precursor do Islã, apareceu com seu discurso muito inflamado e mal articulado [no século VII d. C. anos 600]. Todavia, foi na época do alvorecer do Islã que os Irmãos Mestres Construtores adotaram a denominação Sufi, depois de um juramento de fidelidade à causa muçulmana em circunstâncias semelhantes àquelas que constrangeram o mestre Galileu no Vaticano e se retratar e admitir que o globo é plano! Ou seja: Diga o que Eles querem e salve sua vida. “

A origem do termo Sufi, é também discutível, pois alguns lingüistas a definem como uma mistura de Persa, Aramaico, Àrabe e grego. O significado desta palavra pode ser, desde a Túnica utilizada por Jesus Cristo; puros; sábios e até mesmo a contração do termo Ain-Soph da Cabala, que é a sabedoria compartilhada. O pensamento sufista está contido nas idéias de pensadores como Roger Bacon, Raymond Lully, São João da Cruz e outros. O Sufismo é dividido em Ordens, também chamadas de Tariqas, (em torno de 97), espalhadas no continente asiático, oriente médio e áfrica.

Inspirador de muitas sociedades secretas, religiões, pensamentos filosóficos de grandes mestres, o Sufismo Permanece uma filosofia de beleza ímpar, a ainda desafia os maiores eruditos.

“Sufi é aquele que está morto para o Si mesmo e vive da Verdade. Tendo transcendido as limitações humanas, Sufi é aquele que alcançou Deus “ - A. Hujwiri, 1936

“Eu morri como um mineral, uma pedra, e me tornei uma planta
Eu morri como planta e renasci animal
Eu morri como um animal e depois eu era um Homem
E muitas vezes eu morri e vivi como homem
Por quê eu deveria temer me perder na morte?
Todas as vidas passam, até mesmo a vida dos Anjos
Somente Deus é imperecível
Quando deixei de ser uma alma angelical
Eu passei a Ser algo que a mente nem pode conceber
Oh, deixe-me Não-existir; deixe Estar na Não-existência
Deixe-me voltar para Ele “
- Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī

Fontes:
Encyclopaedia of Occultism. Courier Dover Publications, 2003 - p 127. In Google Books.
GODLAS, Alan. Sufism, Sufis and Sufi Orders. ─ [www.uga.edu/islam/Sufismhtml]
HUJWIRI, A.. The Kashful al-Makhjub, p 30. Londres: Gibb Memorial Trust, 1936
MOSSO, Gelder Manhes. Caminhos do Desconhecido. Mauad Editor, 1899 In Google Books.
KEEP, Marc Andre R.. O Sobrenatural Através dos Tempos. São Paulo:
IBRASA-Proton Editora, sem data ─In Google Books
LePAGE, Victoria. Sufis and The Nine Unknowns, 2007. In [www.victoria-lepage org/sufis_nine_unknowns.htm] .. Shamballa.
SIGNIER, Jean-François e THOMAZO, Renaud. Sociedades Secretas, vol I ─Sociedades Secretas Religiosas. [Trad. Ciro Mioranza]. São Paulo: Larousse,2008
WIKIPEDIA Espanhol. Sufismo. [http://es.wikipedia.org/wiki/Sufismo] Português. Sufismo. pt.wikipedia.org/wiki/Sufismo English. Rumi. Sema.


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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Paranoia e teoria da Conspiração.

Provavelmente o leitor vai pensar ao ler este artigo:

"La vai ele falar de teoria da conspiração, já estava demorando!!"

Como as teorias da conspiração estão em moda ultimamente, não vou me furtar de falar um pouco sobre isto, além disto, adoro o assunto.

Vou fazer um pequeno resumo sobre uma Ordem Secreta, chamada Illuminati, no latim arcaico Illvminati , plural do latim Illuminatus (aquele que é iluminado). Segundo diversos autores, seria o Governo Secreto do Mundo. Na realidade existem por aí diversos grupos que se intitulam Illuminati, que vão desde pessoas sérias com boas intenções, passando por ordens fictícias que querem apenas o dinheiro dos incautos, até alguns que podem ser realmente os dominadores do mundo. Veja bem caro leitor, eu disse que podem ser, não afirmo nada, porque, simplesmente sou um mero mortal, como a maioria dos membros da espécie humana.

A história comprova que existiu uma Ordem Illuminati, lá pelo ano de 1776, que era um grupo constituído de pessoas com pensamento Iluminista, pensamento este que também serviu como uma das bases filosóficas para a Revolução Francesa. Esta Ordem se chamava “Os Iluminados da Baviera” fundada pelo professor de lei canônica Adam Weishaupt, falecido em 1830, e pelo barão Adolph von Knigge, na cidade de Ingolstadt, Baviera, atual Alemanha. Na época a Europa era bem mais influenciada pela Igreja Católica do que nos dias de hoje, portanto, os Illuminati tiveram árduas batalhas pela frente, na defesa de suas idéias, que eram anti-religiosas por excelência. Esta batalha teve fim em 1784, quando o governo bávaro, por influência da Igreja, baniu todas as sociedades secretas incluindo os Illuminati os maçons, Rosacruzes e outros. Devido à diferença de forças,a estrutura dos Illuminati desmoronou logo.

Graças à contra propaganda das forças vitoriosas nestas batalhas, os Illuminati, ou os Maçons, ou qualquer outra ordem iniciática, ficaram com a pecha de dominadores secretos do mundo. Se existe alguma veracidade nisto, ninguém jamais irá saber.

Existiram outras versões dos Illuminati, das quais posso destacar os “Alumbrados da Espanha”. O historiador Marcelino Menéndez y Pelayo encontrou registro do nome já em 1492 (na forma iluminados, 1498), mas julgou-os um pouco diferentes. Eles tinham uma origem gnóstica, portanto, bem diferentes de seus homônimos Alemães. Pelayo achou que seus ensinamentos na Espanha eram Influenciados por origens Italianas. A filha de um trabalhador conhecida como a “Beata de Piedrahita”, foi considerada uma de seus líderes. Esta Beata chamou a atenção da Inquisição, por afirmar que mantinha diálogos com Jesus Cristo e a Virgem Maria. Graças a padrinhos poderosos (Illuminatti?) foi salva (fato citado pelo mencionado historiador espanhol em seu livro “Los Heterodoxos Españoles", 1881, Vol. V).

Controlar pessoas, controlar o mundo é o sonho de todo aquele que almeja o poder, seja ele um político, seja ele um empresário, etc. Professores não faltam, temos Maquiavel, Sun Tzu, e diversos outros que falam de liderança, mas na verdade escondem tentativas de controle de corações e mentes. Livros também estão aí aos montes, temos a Arte da Guerra, O Príncipe, O Protocolo dos Sábios de Sião, e muitos outros, incluindo alguns daqueles disfarçados como auto-ajuda. Quem já leu estes livros e observa os atos dos governantes do mundo, vê que eles são excelentes alunos, é só olhar para o Bush, o Evo Morales, o Hugo Chaves, o nosso Barbudinho e até mesmo o Prefeito da cidadezinha do interior.

Exemplos de tentativa de controle? Talvez.

Leis absurdas, com a desculpa de serem criadas para nossa própria segurança, como chips nos automóveis, cameras por todos os lados, restringem nossos movimentos de tal forma que sempre seremos infratores da lei. Hoje não embarcamos em aviões sem que sejamos escaneados “de cabo a rabo”, até a nossa pobre e inofensiva água de garrafinha, é controlada e até proibida nos vôos. Quando entramos em agências bancárias, temos que praticamente colocar todo o conteúdo de nossos bolsos para fora, passar por humilhações bárbaras sob a desculpa de que é para nossa própria segurança. Será mesmo? Será que estes crimes não seriam também forjados ou encorajados, só para que então nós mesmos, apavorados, passemos a exigir este controle?

Vejam a nossa internet, que nasceu para ser incontrolável. A intenção da criação da Internet foi, em caso de holocausto nuclear, uma rede sem ponto central seria mais difícil de se destruir. Vocês já notaram a imprensa praticamente massificando a pedofilia na internet? Até parece que o problema dos pedófilos é novo, e ao invés de se curar o mal pela raiz, o que querem nossos governantes?

Isso mesmo, censurar a internet. Será que vai acabar com a pedofilia censurando a internet? Metafóricamente falando, seria como se nossos governos quizessem acabar com os encanadores proibindo as chaves inglesas e se alguém inventa uma chave inglesa melhor, a culpa é da chave inglesa, mas esquecem que existem outras ferramentas alternativas e para acabar com um problema, tem que ser pela raiz. Já pensaram onde isso pode acabar? Leiam 1984 de George Orwell e vocês verão que nada se cria, tudo se copia.

Temos diversos exemplos de líderes que prometeram milagres rápidos, e quando chegaram ao poder, mostraram as garras.

Destaco o exemplo de um vegetariano, que não fumava, não bebia e vivia praticamente uma vida fiel com a companheira. Sabem de quem estou falando? Dele mesmo, o Adolphinho, aquele, com o sobrenome de Hitler.

Hitler foi praticamente eleito em um país sem qualquer esperança de melhora, deu um golpe de estado, com praticamente todo o apoio dos alemães. Naquela época, suas condições de vida eram inimagináveis, onde a corrupção e a pobreza imperavam num estado fraco, onde a cidade civil desarmada era refém de uma luta entre dois tipos de bandidos, aqueles que estavam do lado da lei e daqueles que estavam contra a lei, em uma Alemanha, que depois de perder a primeira Guerra mundial, sofreu sanções humilhantes do Tratado de Versalhes. Isto também se aplicou a Rússia com o Czarismo, que deixou que o Comunismo imperasse, com promessas de melhora de todo tipo, se transformando em uma ditadura com o qualquer outra.

Mudam os tempos, mudam os países e a história se repete... e repete... e repete...

Será que tudo isto não passa de um complô para nos controlar?

Sinceramente, não tenho resposta para isto, ou seja, sou tão membro do gado como vocês leitores que estão me aturando com este monte de idéias de um legítimo paranóico. E quanto mais se pensa em grupos conspirando na surdina, complôs, governos por trás de governos, sociedades secretas, grupos de empresários poderosos, extra-terrestres, intra-terrestres, espíritos do além e seja lá mais o que a paranóia nos imponha a pensar, pior ficaremos.

Solução?

Não sei amigos, do fundo do meu coração, espero que tudo isto seja uma grande história de ficção.

Pelo sim, pelo não, deixo com vocês uns versos da Música Ouro de Tolo do saudoso Raulzito:

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador.


Aylton do Amaral www.ayltondoamaral.com

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Biblia de Kolbrin

A Biblia de Kolbrin.

Andei sumido uns tempos, pois embora eu goste de assuntos ocultos, espirituais, etc, tive que dar uma prioridade ao mundo material, mas felizmente estou de volta são e salvo.

Um assunto que muito me fascina é o estudo de alguns livros que permanecem misteriosos para a Humanidade. Já escrevi artigos sobre o Manuscrito Volnich, A Biblia do Diabo, O Livro de Urantia e outros.

Neste artigo vou falar um pouco sobre o mais polêmico de todos, que é a Biblia de Kolbrin, e fornecer algumas referências, pois como já disse antes, é apenas um artigo e não uma tese.

Este livro possui aproximadamente 3600 anos. Alguns autores dizem que foi descoberto na Inglaterra, por volta do Século XII, infelizmente não há provas disto, pois os manuscritos originais desapareceram para sempre.

A primeira parte deste livro teria sido escrito por volta da mesma época do Antigo testamento, basicamente é uma espécie de visão dada pelos Egípcios das primeiras dinastias, incluindo aqueles que construíram as pirâmides.

Existem diversos seguidores deste livro ao redor do mundo, incluído os teóricos da conspiração e fim do mundo que afirmam que o livro traz um alerta para as catástrofes que virão a acontecer no mundo, inversão de pólos, só os escolhidos é que irão sobreviver, etc, ou seja, aquela mesma conversa de sempre, que traz á baila aqueles gurus de final de mundo que sempre aparecem nesta época.

A Bíblia de Kolbrin é composta por 11 livros separados, sendo que os 5 primeiros foram escritos pelos antigos Egípcios, e os outros 6 por sacerdotes Celtas, a parte mais antiga foi escrita supostamente após o êxodo.

De acordo com a Biblia de Kolbrin, este acontecimento fez com que os Egípcios tivessem seu orgulho ferido, pois foi um acontecimento vitorioso para os Hebreus. Os Egípcios achavam que foram abandonados pelos seus deuses, e nunca entenderam o porquê deste acontecimento. Começaram a pesquisar sua própria história e suas tradições, resultando na primeira parte deste livro.

De acordo com a Bíblia de Kolbrin a força extraterrestre que provoca tais eventos catastróficos não é o Sol, mas um misterioso pkaneta que elas chamaram de “O Destruidor”, todas as vezes que este corpo passa pela terra provocará uma devastação tanto material quanto espiritual. Este corpo celeste não colide com a terra, mas passa perto o suficiente para provocar devastações. O Destruidor já passou pela terra várias vezes, segundo o texto, a ultima ocorrência se passou no Egito, 3600 anos atrás:

“Sua cor era viva e sua aparência flamejante, mutante e instável, e todos os homens concordam que era uma visão apavorante”

Hoje em dia os Astrônomos concluem que nunca houve nem nunca haverá um evento deste tipo, pois nossos instrumentos o detectariam com uma certa antecedência.
Hoje este planeta é chamado de Nibiru, Planeta X e outros nomes, de acordo com as “visões” dos místicos de plantão.

Agora estão fazendo uma mistura de calendário Maia e outras profecias dizendo que este corpo misterioso virá em dezembro de 2012, quando termina o calendário, e atribuindo uma série de acontecimentos rotineiros, tais como terremotos, enchentes furações, aumento de criminalidade, etc, ao anúncio da chegada deste misterioso objeto, como se não fosse culpa do próprio homem a precipitação destes acontecimentos.

Voltando ao nosso livro, alguma coisa foi prevista como neste texto enigmático que descreve uma série de eventos que parece anunciar o momento:

“110 gerações passarão no Ocidente e nações se erguerão e cairão, homens voarão no ar feito pássaros e nadarão no mar feito peixes”.

Apesar das evidências cientificas do contrário, aqueles que acreditam na Bíblia de Kolbrin e no planeta x mantém sua afirmação de uma catástrofe extraterrestre que arrasará a humanidade num futuro próximo, alguns afirmam que os antigos egípcios fizeram mais do que prever o nosso fim do mundo, eles teriam também preservado os meios para preveni-lo, a possibilidade de acontecer uma descoberta dramática sobre o companheiro solitário da grande pirâmide, a Esfinge. Segundo John Desvallo, egiptólogo, esses segredos estão em uma câmara oculta dentro da Esfinge e mesmo passado mais de 4 mil anos ainda não foram descobertos, ainda se especula que os poucos que sobreviveram ao cataclismo ainda poderiam se beneficiar dos tesouros que podem estar lá, segundo Desvallo, segredos esses que abrangem desde registros de toda história antiga até provas de uma civilização avançada mais antiga que a egípcia que tenha construído a Grande Pirâmide.

Fontes: The Kolbrin Bible, Profecias e Profetas - Hans Krofe.

sábado, 17 de abril de 2010

Pai nosso que está no céu....

Pai Nosso que estais no céu,
santificado seja o vosso nome,
vem a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos daí hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
não nos deixei cair em tentação
mas livrai-nos do mal.
Amém.

Está oração é largamente difundida entre o Cristianismo, e mais recentemente no Espiritismo Brasileiro, dito Kardecista.

Incansávelmente estudada e interpretada de várias formas, existe uma farta literatura, assim como milhares de artigos na Internet, tentando descobrir seus segredos. Dizem alguns estudiosos ligados ao Cristianismo, que a primeira versão desta oração seria em Aramaico e está escrita em uma pedra branca de Mármore no Monte das Oliveiras em Jerusalém, da mesma forma que era invocada pelo Profeta/D´us/Espírito Elevado, chamado Jesus Cristo.

Abro um parêntesis, para que os leitores levem em consideração que; todos os monumentos atribuídos ao Cristianismo existentes em Jerusalém, não são científicamente comprovados como originais e sim tradicionais. Certos monumentos como A Igreja do Santo Sepulcro, o Monte da Crucificação e outros foram “localizados” pela mãe de Constantino, Helena, em uma peregrinação a mando do filho, com o intuito de estabelecer bases para o Cristianismo, em outro artigo eu entro em detalhes.

Voltando ao Pai nosso. O Aramaico é a língua, que alguns estudiosos dizem que foi falada na região da Galiléia na época da passagem de Jesus Cristo descrita nos evangelhos. Originária da Alta Mesopotâmia, era, juntamente com o Hebraico considerada língua semítica, no entanto o Hebraico é mais antigo. O Hebraico falado hoje em Israel, é uma reconstrução dó antigo Hebraico, por Eliezer bem Yehuda, que “enxertou” inclusive palavras do idioma Russo. O Aramaico e o Hebraico são bastante parecidos.

A versão desta oração na versão, segundo os estudiosos, original, na minha opinião é uma oração profunda, que encerra significados ocultos e uma grande antiguidade, pois amigos meus pesquisadores atribuem sua origem como da antiga civilização Atlante.

Abaixo, o texto em Aramaico e transliterado para o Português:


"Abvum d'bashmaia
Netcádash shimóch
Tetê malcutách Una
Nehuê tcevianách aicana
d'bashimáia af b'arha
Hôvlan lácma d'suncanán
Iaomána
Uashbocan háubein uahtehin
Aicána dáf quinan shbuocán
L'haiabéin
Uêla tahlan l'nesiúna.
Êla patssan min bíxa
Metúl dilahie malcutá
Uaháila
Uateshbúcta láhlám.
ALMÍN. "

Segue uma “tradução” :

" Pai-Mãe, respiração da Vida, Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos !
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho Respirando apenas o sentimento que emana de Você.
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.
Não nos deixe sermos tomados pelo esquecimento de que Você é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza.
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.
AMÉM.



Versão em Hebraico:

Segue uma versão em hebraico, provavelmente mais antiga que a em aramaico:

Avinu shebashamayimyitkadesh shimcha,tavo malchutecha,
yease retsoncha kebashamayim ken ba'aretz.
Et lechem chukenu ten lanu hayom,uslach lanu al chataeinu,kefi shesolchim gam anachnu lachot'im lanu. Veal tevienu lijdei nisajonki im chaltzenu min hara.
Ki lecha hamamlacha hagvuravehatif'eret leolmei olamim.

Infelizmente há muito por falar desta linda e interessante oração, mas a intenção é escrever um artigo e não uma tese, que iria deixar o leitor enfadado. Fiz o máximo para não entrar na questão da fé, pois aprendi que fé não se discute, se respeita.

Para mais detalhes, ouça um podcast de minha autoria criado em 2007, clicando em:
http://www.ayltondoamaral.com/downloads/lingua_jesus.mp3
________________

Baixe Gratuitamente meu livro"A Terra santa - Israel Uma Visão Particular" em:
http://www.ayltondoamaral.com/A_Terra_Santa_-_Israel_Uma_Visão_Particular.pdf

Aylton do Amaral www.ayltondoamaral.com

domingo, 11 de abril de 2010

O Manuscrito Voynich

Para pessoas que, como eu, gostam de ocultismo, deparar com coisas inusitadas quando menos esperamos é uma experiência Ímpar. Junto com esta “mania”, tenho extrema curiosidade de conhecer minhas origens, por isto, dedico grande parte de meu tempo à pesquisa genealógica. Talvez por ser Canceriano, signo cuja característica é o gosto pela família e curiosidade pelo passado. Não consigo dizer se astrologia funciona ou não....”pero que hay bruja hay...”.

Estava viajando a trabalho na Alemanha, por volta de Novembro de 2006. Normalmente, quando viajo a trabalho, não tenho muito tempo para turismo, mas sempre tenho a oportunidade de conhecer o país que visito melhor do que as pessoas que fazem turismo, pois tenho a oportunidade de conviver mais de perto com a cultura do país, sem ficar visitando sómente os pontos turísticos e ir embora.

Alemanha é a terra de meus ancestrais maternos. Aproveitava todos os fins de semana para fazer levantamentos sobre a origem do meu primeiro ancestral materno à vir pelo Brasil. Friedrich Platz chegou ao nosso país, vindo da cidade de Trier, que fica perto da fronteira de Luxemburgo, a bordo do navio chamado “Pampas”. O melhor lugar para se fazer pesquisa genealógica que conheço, são os cemitérios. Meu pai sempre me criticava, achando um tanto quanto “esquisita” esta minha mania de correr o mundo visitando cemitérios. Exagero ou não, o cemitério é o local onde os registros familiares se acham mais acurados, exetuando-se os Mórmons, pois dizem os entendidos, possuem o maior acervo genealógico do mundo.

Um belo dia, seguindo pistas genealógicas, fui parar na cidade de Heidelberg, cidade linda, famosa por sua Universidade, possuidora de uma documentação histórica interessantíssima, lá existe um castelo famoso, conhecido lá como “Schlöss”. Conheci um guia chamado Hellmut, um senhor já bem avançado na idade, aposentado, que fazia bicos, servindo de guia no Castelo. Hellmut e eu nos tornamos amigos, um dia o Hellmut criticou o meu desinteresse por saber se haviam fantasmas no castelo. Realmente não me interessava, mas para agradá-lo eu fiz a pergunta:

- Então Hellmut, existem fantasmas neste Castelo ?

E o Hellmut com a maior cara de pau do mundo me responde:

- Olha Aylton, eu trabalho aqui, faz 400 anos e nunca vi nenhum!!

Este é o Hellmut.

Num de nossos bate papos regados a muita cerveja e salsicha, soube da existência de um artefato bastante interessante, tanto por seu conteúdo enigmático como pelas suas origens polêmicas; trata-se do Manuscrito Voynich, ou Volnich, conforme queiram.

A primeira menção deste manuscrito consta que foi descoberto em 1912, na Villa Mondragone, em Frascati, perto de Roma. Trata-se de um manuscrito enigmático, com as dimensões de 18 por 23 centímetros de comprimento, cujo conteúdo até hoje, ninguém conseguiu decifrar. Vários cientistas de diversas áreas estão “queimando neurônios” tentando entender o conteúdo. Escrito em uma língua desconhecida, (se é que aquilo possa ser uma língua), serve de desafio para diversos etmólogos.

Dizem os estudiosos, que a lenda começa quando um colecionador de antiguidades americano, chamado Wilfrid M. Voynich, comprou em um antigo colégio de jesuítas na Itália um livro esquisito, de caracteres indecifráveis, com uma carta em anexo datada do ano de 1666, fazendo referências a um antigo proprietário do livro, o imperador Rodolfo II, da Região da Boêmia.

Depois da morte de Wilfrid M. Voynich, este livro apareceu de novo em Nova York e foi adquirido por um tal Hans P. Krauss, que doou este livro para a biblioteca da universidade de Yale. Este manuscrito possui 235 páginas contendo ilustrações de alguns vegetais de formato meio esquisito, algumas espécies de animais parecidas com animais já extintos e outros completamente desconhecidos. Há também ilustrações de mulheres nuas se banhando em banheiras ligadas a intrincados encanamento. Existem também desenhos e tabelas contendo equipamento astronômico, do ponto de vista de um telescópio, células vistas por microscópio, calendários meio complexos e signos zodiacais desconhecidos e outras coisas.

Uns dizem que este livro é uma fraude estrondosa outros dizem que não passa de brincadeira de alguém. Mas as pessoas que afirmam que este livro é autêntico, dizem que existem características na escrita, baseadas em repetições de caracteres, que confirma ser aquela uma espécie desconhecida de idioma, e não uma simples invenção de falsários ou brincalhões.

Uma das pessoas que afirmaram que o manuscrito é autêntico, foi o botânico Hugh O'Neill, que disse que algumas delas eram espécimes oriundos das Américas, teorizando que o manuscrito foi escrito após 1492 data da descoberta oficial ada América. No entanto algumas correntes dizem que a América foi descoberta bem antes e que até os templários estiveram por aqui, um dia escreverei um artigo sobre isto.

Se vocês estiverem interessados, poderão fazer o Download do arqiuvo em pdf deste manuscrito no meu site http://www.ayltondoamaral.com/, que está na minha seção de downloads .